Progama ALESTE da Leste de 10/05/2012
NOTÍCIAS
Sem Emanuel, PSDB cria lista tríplice de nomes à prefeitura
Partido trabalha com 3
nomes preferenciais para disputar a sucessão de Eduardo Cury na eleição de
outubro em São José
Sem o deputado federal
Emanuel Fernandes na disputa pela Prefeitura de São José, a direção estadual do
PSDB já trabalha com três nomes para a sucessão do prefeito Eduardo Cury.
O presidente estadual
do PSDB, Pedro Tobias, lamentou a desistência de Emanuel, mas afirmou que o
partido está tranquilo com a condução do processo de sucessão na cidade.
"Eu tinha
esperanças de que o Emanuel voltaria. Mas a gente fala e ele diz que não pode.
Ele seria a certeza da vitória em São José. Mas o processo está nas mãos dele e
do Cury e com certeza eles irão escolher um bom nome”, disse.
Segundo Tobias, a
executiva municipal já destacou três nomes fortes para a disputa. "São
José é uma cidade modelo para o PSDB e não podemos perdê-la. Temos plena
confiança de qualquer um dos três nomes colocados será um bom nome porque será
escolhido a quatro mãos", disse.
Cotados. Lideranças
tucanas e aliadas do PSDB, apostam nos nomes de Alexandre Blanco, Claude Mary
de Moura e Felício Ramuth como os mais cotados.
Citada como a ‘dama de
ferro’ do PSDB entre os aliados, Claude e se destaca pela proximidade com a
base aliada, perfil gerenciador e experiência.
Blanco citado como ‘o
príncipe’, em razão de ser enteado de Emanuel Fernandes, surge como uma figura
jovem que pode oxigenar o partido e que fez escola política dentro de casa, com
Emanuel e Juana Blanco.
Felício seria o nome
de preferência do prefeito Eduardo Cury, mas encontra resistência no grupo
aliado.
Outros três candidatos
estão na disputa. A socióloga Marina de Fátima de Oliveira, o ex-vereador Luiz
Paulo e o presidente da OAB, Júlio Rocha.
Incluído no grupo de
prefeituráveis, o médico oftamologista Sebastião Domingues abriu mão da
disputa.
O coordenador regional
do PSDB, Francisco de Assis Vieira, o Chesco reconheceu o afunilamento de
nomes. “São José é um celeiro de talentos. E nessa eleição há um potencial de
mulheres preparadas. Quando uma mulher surge não podemos virar as costas. A
juventude traz oxigenação, mas tem o tempo ao seu favor.”
Em um esforço para
impedir que o PSDB chegue dividido nas eleições, Eduardo Cury negou a existência
de uma lista tríplice preferencial. Segundo ele, o nome sai até 15 de maio e
por consenso.
Claude Mary de Moura
Favorita para ser a
candidata do PSDB ao Paço Municipal é a preferida dos partidos aliados. Aos 46
anos atuou como secretária de Governo de janeiro de 2005 até o mês passado.
Alexandre Blanco
Enteado de Emanuel
Fernandes, tem 38 anos e é formado em direito. Atuou no governo Cury como
assessor especial de Juventude de 2005 a 2009, quando passou a ser secretário
de Juventude
Felício Ramuth
É apontado como o
preferido de Cury, mas não tem o apoio da base aliada. Aos 43 anos atuou como
assessor de Planejamento de Comunicação
Outras três legendas
aliadas ao PSDB já lançaram pré-candidatos ao Paço --PV (Cristiano Pinto
Ferreira), PP (Alexandre da Farmácia) e PSB (Antonio Alwan)
Na oposição, Carlinhos
Almeida será o nome do PT e Antonio Donizete Ferreira, o Toninho, o nome do
PSTU. Também já oficializou nome na disputa, o pré-candidato Fabricio Correia
pelo PSDC.
O PSB de São José
oficializou ontem a pré-candidatura a prefeito de Antonio Alwan, 57 anos, e
adotou discurso de oposição ao defender maiores parcerias com a União em áreas
como saúde, mobilidade e na regularização de clandestinos.
“Hoje o PSB é o
caminho do meio ao sustentar o PT no Governo Federal, e o PSDB no Estado.
Grandes programas do Governo Federal não estão em São José, mas podem chegar”,
disse Alwan.
Alwan pretende
trabalhar em um plano de governo para atender setores sociais.
“Queremos criar uma
secretaria especial de regularização de bairros clandestinos. Seremos um
governo de inclusão”, disse o pré-candidato.
O presidente do PSB em
São José, Erivelto Wagno, disse que a decisão de lançar um candidato atende a
uma solicitação do diretório. “Essa candidatura irá nos fortalecer e dar a
cidade mais uma opção além de PT e PSDB”, disse.
Segundo o PSB, a
candidatura de Alwan não significa um rompimento com o governo Eduardo Cury.
“Temos um compromisso até 31 de dezembro de governabilidade e iremos cumprir”,
disse Walter Hayashi.
Vice
em exercício insiste em disputar Paço e cria racha no PSB
Luiz Antônio Ângelo da
Silva vai disputar com Antônio Alwan a indicação de candidato a prefeito
O vice-prefeito de São
José, Luiz Antônio Ângelo da Silva, anunciou ontem a intenção de disputar com
Antônio Alwan a indicação do PSB para a disputa do governo na convenção que o
partido realizará no mês que vem.
No último sábado, a
legenda lançou Alwan --ex-secretário de Governo-- ao Paço, mas o nome dele terá
que ser referendado na convenção.
No mês passado, Luiz
Antônio deixou o cargo de assessor de Políticas para Pessoa com Deficiência
para disputar a indicação do PSB para o Executivo com candidatura própria ou
ocupação da vaga de vice na chapa que será encabeçada pelo PSDB.
Recentemente, ele
reclamou de não ter sido consultado pelo partido sobre a escolha de Alwan,
disse que se sentiu desprestigiado e garantiu que não desistiu de ser o
candidato do PSB ao governo municipal em outubro.
As críticas de Luiz
Antônio à condução do processo eleitoral provocam um ‘racha’ no PSB no momento
em que o partido busca coligações para se consolidar como terceira via para a
sucessão de Eduardo Cury (PSDB).
“Respeito a decisão do
partido de indicar o Alwan, mas como ser humano e político não costumo
desistir. Continuo com meu nome disponível para a disputa do Executivo e quero
disputar a convenção com o Alwan.”
Ele citou sua
experiência no governo Cury e o conhecimento das secretarias obtido com o cargo
de vice para defender seu nome ao Paço. Ao mesmo tempo, prega a manutenção da
aliança com o PSDB caso o PSB desista da candidatura própria.
“Acho válido o PSB ter
candidato, mas ainda estamos conversando com outros partidos. Se não tivermos
candidato a prefeito, o natural será manter a aliança com o PSDB e vou defender
esta posição dentro do partido.”
Reação. O
posicionamento pró-PSDB é mais um ponto de discordância com Alwan, que
anteontem admitiu a possibilidade de uma aliança eleitoral com o PT.
Alwan e lideranças do
PSB minimizaram os efeitos das reclamações do vice-prefeito.
“Se ele Luiz Antônio,
quiser disputar a convenção, é democrático. Mas acredito que a candidatura será
de consenso”, afirmou Alwan.
“Não vai ter disputa
porque as executivas municipal, estadual e federal querem a candidatura do
Alwan”, disse o vereador Walter Hayashi.
Os elefantes brancos do próximo governo
‘Vitrine’ de Cury, obra do novo Teatro completa 4 anos parada
Iniciada com os lados
invertidos, construção foi paralisada em 2008, ainda na fase de fundações;
Justiça mantém obra suspensa para apurar prejuízo aos cofres públicos, e obra
segue sem previsão de retomada
Há quatro anos
paralisadas, as obras do novo Teatro Municipal de São José dos Campos continuam
sem data para recomeçar, e o espaço, uma das principais promessas do prefeito
Eduardo Cury (PSDB), não será entregue na atual administração.
Com os alicerces
construídos de forma invertida, a obra foi parar na Justiça e hoje encontra-se
suspensa para coleta de provas e apuração de possível prejuízo aos cofres
municipais e, consequentemente, culpados.
O novo teatro, que
deve ficar em Santana, na zona norte da cidade, começou a ser erguido com a
frente virada para a avenida Olivo Gomes, quando a mesma deveria ficar voltada
para o Parque da Cidade.
O erro foi descoberto
dois anos depois, já com as obras paralisadas. Na época, o PT acionou a Justiça
pedindo a condenação do prefeito e o ressarcimentos aos cofres públicos dos
valores gastos até aquele momento.
Iniciados em agosto de
2007, os serviços foram paralisados em maio do ano seguinte por determinação de
Cury, que alegou atrasos no cronograma da obra. A paralisação completará quatro
anos no próximo sábado.
Até então, a
empreiteira Teto Construções e Comércio, que trabalhava na fundação do prédio,
recebera R$ 685,4 mil do governo.
Apuração. Ainda em
2009, Cury tentou retomar os serviços em nova licitação, mas nenhuma empresa
foi habilitada.
Então, por R$ 22,9
milhões, o tucano repassou a obra à Urbam (Urbanizadora Municipal S/A). O
Tribunal de Justiça, contudo, suspendeu o reinício até que as irregularidades
fossem apuradas.
Desde então, o governo
tucano diz que só definirá o futuro do Teatro Municipal após a decisão da
Justiça. Cury acusa o PT de politizar o assunto e afirma que o erro na execução
do projeto não trará prejuízo ao erário (leia nesta página).
Depoimentos. A
apuração da Justiça, conduzida pelo juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública de São
José, Luiz Guilherme Cursino de Moura Santos, está em fase de coleta de
depoimentos.
Cury eximiu-se de
culpa no processo e apontou sete servidores municiais como responsáveis por
eventuais falhas.
A Justiça tem
encontrado dificuldades para acioná-los, já que alguns estão morando em outros
Estados.
O processo, sem
previsão de conclusão, ainda contará com perícias judiciais. Apesar do pedido
de Cury, o juiz o manteve como réu na ação.
Situação. Enquanto a
Justiça avalia o caso, e a administração municipal aguarda, o terreno que
deveria abrigar um moderno espaço cultural, com capacidade para 1.000 espectadores
e infraestrutura para receber grandes eventos, tornou-se um grande matagal.
Ao lado da portaria do
Parque da Cidade, o que deveria ser o teatro é um espaço com mato alto, ferros
enferrujados expostos, muitos já retorcidos, alguns pedaços de concreto quebrados
e só.
“É uma pena vermos o
aniversário da paralisação das obras do teatro invertido, quando seria
importante a cidade ter um Teatro Municipal”, afirmou a presidente da Companhia
Cultural Bola de Meia, Jacqueline Baumgratz.
Atriz e produtora em
São José, Andréia Barros também lamenta o impasse em torno do Teatro Municipal.
“Acho que sinto falta
não ter o teatro não só enquanto atriz, mas enquanto espectadora. Um teatro
desse porte iria permitir a vinda de peças grandes a São José, como óperas,
musicais”, afirmou.
“Acredito também”,
continuou Andréia, “que o novo teatro teria um valor simbólico, auxiliando na
formação de público, no fomento da cultura”.
Jaqueline avalia que o
novo Teatro, aliado a uma política descentralizadora, com “polos de teatro na
periferia”, fortaleceria a arte na cidade.
No entanto, segundo o
divulgado aos 4 cantos, o negócio é implantar mais de oitenta academias ao ar
livre até Outubro. É o culto globalizante da beleza, distraindo o povo para
aquilo que na realidade é importante para sua vida.
A Cultura e o
Conhecimento.
EDUCAÇÃO
A inscrição para isenção/redução da
taxa para o vestibular da FATEC se encerra nesta sexta-feira dia 11
A Faculdade de
Tecnologia (Fatec) de São José dos Campos encerra nesta sexta-feira (11) as
inscrições para isenção ou redução de 50% do pagamento da taxa de inscrição
para o vestibular das Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo para o
segundo semestre de 2012. Serão oferecidas 6 mil isenções.
Podem participar
candidatos socioeconomicamente carentes e que preencham, cumulativamente, os
seguintes requisitos: ter concluído integralmente, até o ano de 2011, o Ensino
Médio ou a Educação de Jovens e Adultos - EJA - (supletivo) em escolas da rede
pública de ensino (municipal, estadual ou federal) ou em instituição particular
com concessão de bolsa de estudo integral; estar integrado a grupo familiar
cuja renda bruta mensal máxima corresponda a R$ 622 por morador, ou, em caso de
candidato independente, ter sua renda bruta mensal máxima de R$ 622 e residir
no Estado de São Paulo.
No caso de 50% do
valor da taxa de inscrição o candidato deve, cumulativamente, ser estudante
regularmente matriculado em curso pré-vestibular ou em curso superior, em nível
de graduação ou pós-graduação e receber remuneração mensal inferior a dois
salários mínimos (R$ 1.244) ou estar desempregado.
Os interessados devem
preencher o formulário de solicitação disponível no site da Fatec, na seção
“isenção/redução”. Para realizar a inscrição, o candidato deve entregar os
documentos necessários em um envelope lacrado na secretaria da Fatec em que
pretende estudar, de segunda a sexta-feira, das 13h às 19h. O envelope
lacrado/fechado contendo os documentos deverá ser entregue juntamente com o
“requerimento de solicitação de isenção/redução de taxa”, preenchido e assinado
pelo candidato.
O resultado será
divulgado a partir do próximo dia 25 exclusivamente pela internet no site da
Fatec. Em São José dos Campos, a Fatec está localizada na Rodovia Presidente
Dutra, Km 138,7, no Distrito de Eugênio de Melo, região leste da cidade. Mais
informações pelo telefone (12) 3905-4979.
Vagas
Na unidade de São José
dos Campos são oferecidas 360 vagas para os cursos de Graduação Tecnológica
gratuito de nível superior nas áreas de Análise e Desenvolvimento de Sistemas
(40 vagas manhã e 40 tarde); Automação Aeronáutica (40 vagas noite); Banco de Dados
(40 vagas noite); Estruturas Leves (40 vagas noite); Logística (40 vagas manhã
e 40 noite); Manufatura Aeronáutica (40 vagas manhã); Manutenção de Aeronaves
(40 vagas noite).
Cursos profissionalizantes estão com
vagas abertas
A Prefeitura de São
José dos Campos abriu vagas para novos cursos profissionalizantes gratuitos. As
oportunidades são para quem quer aprender os ofícios de cozinheiro, artesão,
auxiliar administrativo e eletricista instalador residencial, sendo esse último
com previsão de duas turmas.
Para se inscrever é
necessário que o candidato tenha idade mínima de 16 anos, já tenha cursado o
Ensino Fundamental e apresente a carteira de identidade. As inscrições podem
ser feitas na Escola Flávio Berling Macedo, que fica na Rua Paraná, 11, na Vila
Maria.
Mais informações pelos
telefones: 3909-1070 ou 3909-1072
Locais e datas de início dos cursos
Eletricista Instalador Residencial:
14 de maio: DCTA
(Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial – DCTA - Praça Marechal
Eduardo Gomes, 50, Vila das Acácias)
4 de junho: Escola
Flávio Berling de Macedo
Cozinheiro: 21 de maio (Obra Social Nossa Senhora dos Pobres – Rua
Aparecida Dalprat de Souza, 247, Vista Verde)
Artesanato: 24 de maio (Escola Flávio Berling de Macedo)
Auxiliar Administrativo: 4 de junho (Escola Flávio Berling Macedo)
São
José dos Campos recebe vice-cônsul dos Estados Unidos
Representantes da
Prefeitura de São José dos Campos recebeu na passada segunda-feira (7) a visita
do vice-cônsul dos Estados Unidos, Aysa Miller, que conheceu as instalações do
Centro para Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista (Cecompi), além
de algumas empresas que integram as incubadoras de negócios.
De acordo com Miller,
a visita tem o objetivo de buscar informações para futuros investimentos e
também conhecer o potencial da cidade para a geração de novas parcerias
comerciais entre os Estados Unidos e São José dos Campos nos setores de ciência
e tecnologia, aeroespacial e aeronáutica. “Viemos conhecer a cidade, pois temos
interesse em estabelecer novos parceiros comerciais aqui”, afirmou.
São José dos Campos
possui um dos quatro maiores clusters (conjunto de empresas) aeroespacial do
mundo e é a segunda maior cidade em número de pessoas empregadas neste setor
formado por empresas, em sua maioria, nascentes e maturadas na cidade e que
atualmente se projetam de maneira competitiva no âmbito mundial.
O encontro teve a
participação do Secretário de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e
Tecnologia, do diretor-executivo do Cecompi, do diretor-presidente da
Urbanizadora Municipal (Urbam), além de diretores do Cecompi e Prefeitura.
Para finalizar as notícias de São José
dos Campos
A Banda de Santana foi
a atração no passado sábado (5) na Rodoviária Velha.
A apresentação teve
como objetivo divulgar o Centro de Comércio Popular, que começou a funcionar no
dia 30 de abril, no Terminal Central Urbano.
Os músicos se
apresentaram ainda na Praça do Sapo, onde está instalado outro centro popular.
O Clube do Choro Pixinguinha também animou a manhã de sábado na região central
de São José dos Campos.
Os shows foram
promovidos pela Prefeitura, Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento
(Ipplan) e a Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR).
Além dos espaços na
Rodoviária Velha e na Praça do Sapo, está em construção o Centro de Comércio
Olímpio Catão, que terá quatro boxes para a venda de frutas.
ENTRETANTO
Manifestação na Praça do Sapo demonstra
insatisfação com os novos Centros de Comércio Popular
Cerca de 45 ambulantes
realizaram um protesto ontem pela manhã na praça João Mendes (Praça do Sapo),
no centro de São José, reivindicando o retorno do grupo ao local.
No final do mês
passado, os 132 ambulantes do centro foram transferidos para dois camelódromos,
instalados próximos à Rodoviária Velha e à praça do Sapo.
Com faixas, o grupo
criticou os espaços destinados a eles, afirmando que são “escondidos”, o que
prejudicaria as vendas.
Durante o protesto, os
ambulantes chegaram a interromper o trânsito, mas, segundo a Prefeitura de São
José, não houve prejuízos ao tráfego de veículos.
Baixo movimento. O
movimento foi apadrinhado pelo vereador Tonhão Dutra (PT). O petista afirma que
as vendas caíram drasticamente desde a transferência.
“Eles (ambulantes) não
estão vendendo nada.Eu fui até o camelódromo da praça do Sapo. Lá, vi que só
tinham os ambulantes, nenhum cliente entrava”, afirmou Tonhão.
O presidente da Adei
(Associação de Emprego Informal), Antonio Batista Gonçalves, o Tonico
Pipoqueiro, reconheceu que o movimento é menor no camelódromo da praça do Sapo,
mas, segundo ele, tal problema tende a melhorar.
“Sou democrático, acho
que qualquer manifestação é válida, e não me oponho. Mas existe uma
precipitação.
A prefeitura tem
cumprido com o combinado.
Na rodoviária, o
movimento está bom.
Esperamos que possamos
continuar aqui (camelódromo da praça do Sapo), pois o movimento vai melhorar”,
disse.
Os camelódromos, ou
Centros de Comércio Popular, como são chamados pela prefeitura, funcionam com
90 boxes na Rodoviária Velha e 42 na praça João Mendes.
Outros quatro camelôs
que trabalham com frutas irão ficar na praça em frente à escola Olímpio Catão.
Os informais que trabalham com alimentação (pipoca, sorvete e churrasquinho)
vão permanecer na rua, segundo acordo fechado com o grupo.
A transferência dos
camelôs faz parte da política de revitalização do centro da cidade, do governo
do prefeito Eduardo Cury (PSDB).
Ontem, a prefeitura
informou que tem dado publicidade à transferência “por meio de anúncios em
rádios, jornais, TV, realização de eventos nos locais”. “Também já estão sendo
providenciados cartazes nos ônibus”.
Para o governo, “o
Centro de Comércio Popular da praça do Sapo está em área privilegiada, no
centro. Os ambulantes e os clientes estão protegidos da chuva e do sol.”
Opinião: E quando a Prefeitura se vai preocupar com o Putódromo da Praça Afonso Pena?
Meio ambiente é preocupação para 94% dos
brasileiros entrevistados pelo Ibope
Pesquisa, feita a
pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI), também mostra que
desmatamento é o tema que mais causa apreensão
A preocupação dos
brasileiros com o aquecimento global e problemas ambientais de uma forma geral
aumentou nos últimos anos, segundo uma pesquisa nacional realizada pelo Ibope a
pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O porcentual de
pessoas que se dizem preocupadas com o meio ambiente aumentou de 80%, em 2010,
para 94%, em 2011. Além disso, 44% dos entrevistados afirmaram que a proteção
ao meio ambiente tem prioridade sobre o crescimento econômico, comparado a 30%
anteriormente. Só 8% disseram que o crescimento econômico é prioritário, e 40%
acreditam que é possível conciliar ambos.
Com relação às
mudanças climáticas, 79% acham que o aquecimento global é causado pelo ser
humano, e o porcentual que considera esse aquecimento um problema "muito
grave" aumentou de 47%, em 2009, para 65%, em 2011. Entre os
entrevistados, 66% classificaram o aquecimento global como "um problema
imediato, que deve ser combatido urgentemente".
É a terceira vez que a
CNI encomenda uma pesquisa de opinião sobre meio ambiente ao Ibope, dentro da
série Retratos da Sociedade Brasileira - que também já abordou temas como saúde
e educação. Algumas perguntas são inéditas, enquanto outras são repetidas dos
anos anteriores, permitindo comparações.
"A ideia é
conhecer a opinião da sociedade sobre temas importantes. Com a chegada da
Rio+20 (a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que
ocorre em junho), resolvemos repetir a pesquisa sobre meio ambiente", diz
o gerente executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca.
Foram entrevistadas
2.002 pessoas com mais de 16 anos em todas as regiões do País, entre 2 e 5 de
dezembro de 2011. As perguntas foram agrupadas em três grandes temas: meio
ambiente; mudanças climáticas; e coleta seletiva e reciclagem de lixo.
O desmatamento é o
problema ambiental que mais preocupa os brasileiros, citado por 53% dos entrevistados.
Em seguida aparece a poluição das águas, citada por 44% das pessoas, e o
aquecimento global, com 30%.
Comportamento. Mais da
metade dos entrevistados (52%) disse estar disposta a pagar mais por um produto
ambientalmente correto, comparado a 24% que afirmaram não estar dispostos. Para
16%, a decisão "depende do quanto mais caro" custa o produto.
Apenas 18%, porém,
disseram ter modificado efetivamente seus hábitos de consumo em prol da
sustentabilidade - por exemplo, preferindo produtos ecologicamente corretos ou
deixando de comprar aqueles nocivos ao meio ambiente.
"Não basta saber
a opinião das pessoas; queremos saber como elas se comportam com relação a essa
opinião", afirma Fonseca. A maioria das pessoas disse que evita o
desperdício de água (71%) e energia (58%), mas é difícil saber quanto disso é
resultado de uma preocupação ambiental versus uma preocupação econômica com as
despesas da casa.
Entre os dados que
mais chamaram a atenção da CNI está o porcentual de pessoas que apontam a
indústria como principal responsável pelo aquecimento global. A taxa passou de
25%, em 2010, para 38%, em 2011 - apesar de a principal fonte de emissão de
gases do efeito estufa no País ser o desmatamento, não a indústria.
As empresas
agropecuárias - setor mais associado ao desmatamento - foram citadas por apenas
3% dos entrevistados.
Além disso, 42%
avaliaram que as iniciativas das empresas em prol da preservação ambiental
mantiveram-se "inalteradas" nos últimos anos, assim como as dos
governos (44%). Só 33% acharam que houve aumento de iniciativas ambientais
nesses setores.
"Precisamos
trabalhar muito sobre esses dados", disse o gerente executivo de Meio
Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Shelley de Souza Carneiro. "A
indústria foi o setor que mais atuou pelo desenvolvimento sustentável nos
últimos 20 anos."
Num esforço para mudar
essa percepção, a CNI pretende lançar na Rio+20 uma série de 16 documentos
temáticos mostrando o que cada setor da indústria - por exemplo, automotivo, de
alimentação, mineração, energia - tem feito pelo desenvolvimento sustentável.
Sobre a Reciclagem. Mais da metade dos brasileiros (59%), segundo a pesquisa,
separa algum tipo de lixo para reciclagem, e 67% consideram a reciclagem
"muito importante" para o meio ambiente.
Porém, 48% dizem não
ter acesso direto à coleta seletiva de lixo - índice que chega a 68% nas
Regiões Norte e Centro-Oeste.
Dados que mostram um
descompasso entre a preocupação da população com o tema e a capacidade ou a vontade
do Governo de fazer alguma coisa para resolvê-lo.
Os
dramas de agora, as ameaças de 2050
Enquanto a
primeira-ministra alemã, Angela Merkel, anuncia que não comparecerá à reunião
Rio+20, juntando-se ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, e, possivelmente
ao presidente norte-americano, Barack Obama, a cada dia são mais inquietantes
as notícias sobre os gravíssimos problemas na área das mudanças climáticas.
Na perda de recursos
naturais, além da capacidade planetária de repô-los, no agravamento das questões
relacionadas com a água, em suprir de alimentos mais 2 bilhões de pessoas até
2050 que exigirá um uso na agricultura superior à disponibilidade de recursos e,
com a pobreza no mundo.
Já nem se pode dizer
que nada acontece que nada avança, porque a chamada "sociedade civil"
não pressiona os governos para que se façam as mudanças necessárias nas
matrizes energéticas poluidoras e nos modelos de consumo.
Pesquisa universitária
recente nos Estados Unidos, por exemplo, mostrou (Reuters, 26/4) que três em
quatro eleitores nesse país são favoráveis a que a legislação considere as
emissões de dióxido de carbono (CO2) como poluentes, que se criem impostos
sobre as emissões e que o governo e o Congresso considerem prioritária a ação
nesse campo - 84% dos eleitores democratas são favoráveis, assim como 68% dos
independentes e 52% dos republicanos.
E nem custaria tanto.
Outro estudo (Business
Green, 27/4) afirma que a União Europeia poderia atingir suas metas de redução
de emissões até 2020 ao custo de 7 a 9 (R$ 17,50 a R$ 22,50) anuais por pessoa.
Se quiser aumentar a
meta de reduções de 20% para 30%, o custo entre 2011 e 2020 seria de mais 3,5
bilhões - que o noticiário equipara ao preço de algumas xícaras de café por ano
por pessoa.
Onde estaria, então, a
resistência? Nas grandes corporações do setor de energia, principalmente.
Enquanto isso, novo
relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, órgão científico
da Convenção do Clima - no qual 220 cientistas de 62 países sintetizaram em 542
páginas as informações de 18.784 cientistas do mundo todo -, agrava seus
diagnósticos e balanços.
As perspectivas são
mais graves para o Sul da Europa, Sul da África e Sudeste da Ásia, após um ano
(2011) em que 302 chamados "desastres naturais" (incluindo terremotos
e tsunamis) mataram quase 30 mil pessoas e geraram prejuízos de US$ 366
bilhões.
Mesmo assim, a melhor
perspectiva, no âmbito da Convenção do Clima, é de que os países signatários só
cheguem em 2015 a um acordo para reduzir emissões, mas que entre em vigor
apenas em 2020.
Mesmo com a
Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) alertando
(Reuters, 16/3) que, no passo atual, as emissões poderão aumentar 50% até
meados do século. As fontes fósseis continuam respondendo por 85% da energia e
esta gera 70% das emissões.
Nesse passo, diz a
OCDE, a temperatura do planeta poderá aumentar entre 3 e 6 graus Celsius até a
virada do século. Previsão semelhante à do Blue Planet, que reúne cientistas
detentores do Prêmio Nobel Alternativo de Meio Ambiente e acha possível um
aumento de até 5 graus.
Nesse cenário, o
Deutsche Bank prevê que as emissões continuarão a subir até 2016, quando então se
iniciará um declínio. Mas, ainda assim, um limite de apenas 2 graus, no aumento
da temperatura planetária, como recomendam os cientistas é improvável, mesmo
com os países cumprindo suas metas de redução.
As emissões superarão
em pelo menos 5,8 bilhões de toneladas anuais de CO2 os limites máximos
recomendados, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma)
- e isso equivale às emissões anuais dos Estados Unidos.
Que se fará, então,
para tirar da pobreza 1,3 bilhão de pessoas? Que se fará para diminuir o fosso
entre crianças ricas e pobres, com as primeiras usando 50 vezes mais água que
as últimas?
O consumo dos ricos
precisa diminuir, afirma a Royal Society no The Guardian, de 26/4). A taxa de
nascimento entre os pobres terá de baixar: no ritmo atual, o aumento da
população entre os pobres exigirá uma cidade de 1 milhão de habitantes a cada
cinco dias, até 2050.
Mas os Estados Unidos
seguem aumentando suas emissões (mais 3,2% entre 2009 e 2010). A Rússia, também
(mais 4,3%); o Japão, idem, após o problema nuclear (mais 4,2%).
Em 20 anos, nos
Estados Unidos, as emissões subiram 10,5%.
A temperatura média em
2011, diz a Organização Mundial de Meteorologia (Estado, 25/3), esteve 0,4 grau
acima da média de 2001 a 2010.
E 2010 teve a
temperatura mais alta desde 1880, quando começaram os registros nessa área.
A área de gelos no Ártico
foi a segunda menor em todos os tempos. O nível dos oceanos subiu 12 milímetros
em oito anos, segundo a Universidade do Colorado. O aquecimento do solo está
reduzindo a capacidade de armazenar carbono, essencial para a formação de
matéria orgânica (Planet Ark, 14/2).
Muitas informações
poderiam ser acrescentadas. Mas nem é preciso para aumentar a inquietação.
Apesar dos dados alarmantes, já se decidiu que a Rio+20 não tratará nem de
clima, nem de perda da biodiversidade, nem da Agenda 21 - os grandes temas da
Eco-92, no Rio de Janeiro.
E seguem, no âmbito da
ONU, nos Estados Unidos, as discussões em torno de "economia verde" e
"governança sustentável", cujo esboço escrito inicial passou de
poucas dezenas de páginas para milhares, depois que cada país acrescentou suas
visões.
Agora, estão depuradas
para umas poucas centenas.
São discussões
importantes.
Mas parecem menos
importantes que os grandes temas de 1992.
O que se pergunta hoje
é o que se fará agora, com a Europa de novo diante de uma crise econômico-financeira,
com o mundo temendo uma nova débâcle.
De que adiantaria
temer os dramas previstos para 2050 se não somos capazes de dar soluções aos
problemas que já batem à porta?
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