10 maio 2012


Progama ALESTE da Leste de 10/05/2012
NOTÍCIAS
Sem Emanuel, PSDB cria lista tríplice de nomes à prefeitura

Partido trabalha com 3 nomes preferenciais para disputar a sucessão de Eduardo Cury na eleição de outubro em São José

Sem o deputado federal Emanuel Fernandes na disputa pela Prefeitura de São José, a direção estadual do PSDB já trabalha com três nomes para a sucessão do prefeito Eduardo Cury.

O presidente estadual do PSDB, Pedro Tobias, lamentou a desistência de Emanuel, mas afirmou que o partido está tranquilo com a condução do processo de sucessão na cidade.
"Eu tinha esperanças de que o Emanuel voltaria. Mas a gente fala e ele diz que não pode. Ele seria a certeza da vitória em São José. Mas o processo está nas mãos dele e do Cury e com certeza eles irão escolher um bom nome”, disse.

Segundo Tobias, a executiva municipal já destacou três nomes fortes para a disputa. "São José é uma cidade modelo para o PSDB e não podemos perdê-la. Temos plena confiança de qualquer um dos três nomes colocados será um bom nome porque será escolhido a quatro mãos", disse.

Cotados. Lideranças tucanas e aliadas do PSDB, apostam nos nomes de Alexandre Blanco, Claude Mary de Moura e Felício Ramuth como os mais cotados.

Citada como a ‘dama de ferro’ do PSDB entre os aliados, Claude e se destaca pela proximidade com a base aliada, perfil gerenciador e experiência.

Blanco citado como ‘o príncipe’, em razão de ser enteado de Emanuel Fernandes, surge como uma figura jovem que pode oxigenar o partido e que fez escola política dentro de casa, com Emanuel e Juana Blanco.

Felício seria o nome de preferência do prefeito Eduardo Cury, mas encontra resistência no grupo aliado.

Outros três candidatos estão na disputa. A socióloga Marina de Fátima de Oliveira, o ex-vereador Luiz Paulo e o presidente da OAB, Júlio Rocha.

Incluído no grupo de prefeituráveis, o médico oftamologista Sebastião Domingues abriu mão da disputa.

O coordenador regional do PSDB, Francisco de Assis Vieira, o Chesco reconheceu o afunilamento de nomes. “São José é um celeiro de talentos. E nessa eleição há um potencial de mulheres preparadas. Quando uma mulher surge não podemos virar as costas. A juventude traz oxigenação, mas tem o tempo ao seu favor.”
Em um esforço para impedir que o PSDB chegue dividido nas eleições, Eduardo Cury negou a existência de uma lista tríplice preferencial. Segundo ele, o nome sai até 15 de maio e por consenso.

Claude Mary de Moura
Favorita para ser a candidata do PSDB ao Paço Municipal é a preferida dos partidos aliados. Aos 46 anos atuou como secretária de Governo de janeiro de 2005 até o mês passado.

Alexandre Blanco
Enteado de Emanuel Fernandes, tem 38 anos e é formado em direito. Atuou no governo Cury como assessor especial de Juventude de 2005 a 2009, quando passou a ser secretário de Juventude

Felício Ramuth
É apontado como o preferido de Cury, mas não tem o apoio da base aliada. Aos 43 anos atuou como assessor de Planejamento de Comunicação

Outras três legendas aliadas ao PSDB já lançaram pré-candidatos ao Paço --PV (Cristiano Pinto Ferreira), PP (Alexandre da Farmácia) e PSB (Antonio Alwan)

Na oposição, Carlinhos Almeida será o nome do PT e Antonio Donizete Ferreira, o Toninho, o nome do PSTU. Também já oficializou nome na disputa, o pré-candidato Fabricio Correia pelo PSDC.

O PSB de São José oficializou ontem a pré-candidatura a prefeito de Antonio Alwan, 57 anos, e adotou discurso de oposição ao defender maiores parcerias com a União em áreas como saúde, mobilidade e na regularização de clandestinos.

“Hoje o PSB é o caminho do meio ao sustentar o PT no Governo Federal, e o PSDB no Estado. Grandes programas do Governo Federal não estão em São José, mas podem chegar”, disse Alwan.
Alwan pretende trabalhar em um plano de governo para atender setores sociais.
“Queremos criar uma secretaria especial de regularização de bairros clandestinos. Seremos um governo de inclusão”, disse o pré-candidato.

O presidente do PSB em São José, Erivelto Wagno, disse que a decisão de lançar um candidato atende a uma solicitação do diretório. “Essa candidatura irá nos fortalecer e dar a cidade mais uma opção além de PT e PSDB”, disse.

Segundo o PSB, a candidatura de Alwan não significa um rompimento com o governo Eduardo Cury. “Temos um compromisso até 31 de dezembro de governabilidade e iremos cumprir”, disse Walter Hayashi.

Vice em exercício insiste em disputar Paço e cria racha no PSB

Luiz Antônio Ângelo da Silva vai disputar com Antônio Alwan a indicação de candidato a prefeito

O vice-prefeito de São José, Luiz Antônio Ângelo da Silva, anunciou ontem a intenção de disputar com Antônio Alwan a indicação do PSB para a disputa do governo na convenção que o partido realizará no mês que vem.

No último sábado, a legenda lançou Alwan --ex-secretário de Governo-- ao Paço, mas o nome dele terá que ser referendado na convenção.

No mês passado, Luiz Antônio deixou o cargo de assessor de Políticas para Pessoa com Deficiência para disputar a indicação do PSB para o Executivo com candidatura própria ou ocupação da vaga de vice na chapa que será encabeçada pelo PSDB.

Recentemente, ele reclamou de não ter sido consultado pelo partido sobre a escolha de Alwan, disse que se sentiu desprestigiado e garantiu que não desistiu de ser o candidato do PSB ao governo municipal em outubro.

As críticas de Luiz Antônio à condução do processo eleitoral provocam um ‘racha’ no PSB no momento em que o partido busca coligações para se consolidar como terceira via para a sucessão de Eduardo Cury (PSDB).

“Respeito a decisão do partido de indicar o Alwan, mas como ser humano e político não costumo desistir. Continuo com meu nome disponível para a disputa do Executivo e quero disputar a convenção com o Alwan.”

Ele citou sua experiência no governo Cury e o conhecimento das secretarias obtido com o cargo de vice para defender seu nome ao Paço. Ao mesmo tempo, prega a manutenção da aliança com o PSDB caso o PSB desista da candidatura própria.

“Acho válido o PSB ter candidato, mas ainda estamos conversando com outros partidos. Se não tivermos candidato a prefeito, o natural será manter a aliança com o PSDB e vou defender esta posição dentro do partido.”

Reação. O posicionamento pró-PSDB é mais um ponto de discordância com Alwan, que anteontem admitiu a possibilidade de uma aliança eleitoral com o PT.

Alwan e lideranças do PSB minimizaram os efeitos das reclamações do vice-prefeito.
“Se ele Luiz Antônio, quiser disputar a convenção, é democrático. Mas acredito que a candidatura será de consenso”, afirmou Alwan.

“Não vai ter disputa porque as executivas municipal, estadual e federal querem a candidatura do Alwan”, disse o vereador Walter Hayashi.

Os elefantes brancos do próximo governo

‘Vitrine’ de Cury, obra do novo Teatro completa 4 anos parada
Iniciada com os lados invertidos, construção foi paralisada em 2008, ainda na fase de fundações; Justiça mantém obra suspensa para apurar prejuízo aos cofres públicos, e obra segue sem previsão de retomada
Há quatro anos paralisadas, as obras do novo Teatro Municipal de São José dos Campos continuam sem data para recomeçar, e o espaço, uma das principais promessas do prefeito Eduardo Cury (PSDB), não será entregue na atual administração.

Com os alicerces construídos de forma invertida, a obra foi parar na Justiça e hoje encontra-se suspensa para coleta de provas e apuração de possível prejuízo aos cofres municipais e, consequentemente, culpados.

O novo teatro, que deve ficar em Santana, na zona norte da cidade, começou a ser erguido com a frente virada para a avenida Olivo Gomes, quando a mesma deveria ficar voltada para o Parque da Cidade.

O erro foi descoberto dois anos depois, já com as obras paralisadas. Na época, o PT acionou a Justiça pedindo a condenação do prefeito e o ressarcimentos aos cofres públicos dos valores gastos até aquele momento.

Iniciados em agosto de 2007, os serviços foram paralisados em maio do ano seguinte por determinação de Cury, que alegou atrasos no cronograma da obra. A paralisação completará quatro anos no próximo sábado.

Até então, a empreiteira Teto Construções e Comércio, que trabalhava na fundação do prédio, recebera R$ 685,4 mil do governo.

Apuração. Ainda em 2009, Cury tentou retomar os serviços em nova licitação, mas nenhuma empresa foi habilitada.

Então, por R$ 22,9 milhões, o tucano repassou a obra à Urbam (Urbanizadora Municipal S/A). O Tribunal de Justiça, contudo, suspendeu o reinício até que as irregularidades fossem apuradas.

Desde então, o governo tucano diz que só definirá o futuro do Teatro Municipal após a decisão da Justiça. Cury acusa o PT de politizar o assunto e afirma que o erro na execução do projeto não trará prejuízo ao erário (leia nesta página).

Depoimentos. A apuração da Justiça, conduzida pelo juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública de São José, Luiz Guilherme Cursino de Moura Santos, está em fase de coleta de depoimentos.

Cury eximiu-se de culpa no processo e apontou sete servidores municiais como responsáveis por eventuais falhas.

A Justiça tem encontrado dificuldades para acioná-los, já que alguns estão morando em outros Estados.

O processo, sem previsão de conclusão, ainda contará com perícias judiciais. Apesar do pedido de Cury, o juiz o manteve como réu na ação.

Situação. Enquanto a Justiça avalia o caso, e a administração municipal aguarda, o terreno que deveria abrigar um moderno espaço cultural, com capacidade para 1.000 espectadores e infraestrutura para receber grandes eventos, tornou-se um grande matagal.

Ao lado da portaria do Parque da Cidade, o que deveria ser o teatro é um espaço com mato alto, ferros enferrujados expostos, muitos já retorcidos, alguns pedaços de concreto quebrados e só.

“É uma pena vermos o aniversário da paralisação das obras do teatro invertido, quando seria importante a cidade ter um Teatro Municipal”, afirmou a presidente da Companhia Cultural Bola de Meia, Jacqueline Baumgratz.

Atriz e produtora em São José, Andréia Barros também lamenta o impasse em torno do Teatro Municipal.

“Acho que sinto falta não ter o teatro não só enquanto atriz, mas enquanto espectadora. Um teatro desse porte iria permitir a vinda de peças grandes a São José, como óperas, musicais”, afirmou.

“Acredito também”, continuou Andréia, “que o novo teatro teria um valor simbólico, auxiliando na formação de público, no fomento da cultura”.

Jaqueline avalia que o novo Teatro, aliado a uma política descentralizadora, com “polos de teatro na periferia”, fortaleceria a arte na cidade.

No entanto, segundo o divulgado aos 4 cantos, o negócio é implantar mais de oitenta academias ao ar livre até Outubro. É o culto globalizante da beleza, distraindo o povo para aquilo que na realidade é importante para sua vida.
A Cultura e o Conhecimento.

EDUCAÇÃO

A inscrição para isenção/redução da taxa para o vestibular da FATEC se encerra nesta sexta-feira dia 11

A Faculdade de Tecnologia (Fatec) de São José dos Campos encerra nesta sexta-feira (11) as inscrições para isenção ou redução de 50% do pagamento da taxa de inscrição para o vestibular das Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo para o segundo semestre de 2012. Serão oferecidas 6 mil isenções.

Podem participar candidatos socioeconomicamente carentes e que preencham, cumulativamente, os seguintes requisitos: ter concluído integralmente, até o ano de 2011, o Ensino Médio ou a Educação de Jovens e Adultos - EJA - (supletivo) em escolas da rede pública de ensino (municipal, estadual ou federal) ou em instituição particular com concessão de bolsa de estudo integral; estar integrado a grupo familiar cuja renda bruta mensal máxima corresponda a R$ 622 por morador, ou, em caso de candidato independente, ter sua renda bruta mensal máxima de R$ 622 e residir no Estado de São Paulo.

No caso de 50% do valor da taxa de inscrição o candidato deve, cumulativamente, ser estudante regularmente matriculado em curso pré-vestibular ou em curso superior, em nível de graduação ou pós-graduação e receber remuneração mensal inferior a dois salários mínimos (R$ 1.244) ou estar desempregado.

Os interessados devem preencher o formulário de solicitação disponível no site da Fatec, na seção “isenção/redução”. Para realizar a inscrição, o candidato deve entregar os documentos necessários em um envelope lacrado na secretaria da Fatec em que pretende estudar, de segunda a sexta-feira, das 13h às 19h. O envelope lacrado/fechado contendo os documentos deverá ser entregue juntamente com o “requerimento de solicitação de isenção/redução de taxa”, preenchido e assinado pelo candidato.

O resultado será divulgado a partir do próximo dia 25 exclusivamente pela internet no site da Fatec. Em São José dos Campos, a Fatec está localizada na Rodovia Presidente Dutra, Km 138,7, no Distrito de Eugênio de Melo, região leste da cidade. Mais informações pelo telefone (12) 3905-4979.

Vagas

Na unidade de São José dos Campos são oferecidas 360 vagas para os cursos de Graduação Tecnológica gratuito de nível superior nas áreas de Análise e Desenvolvimento de Sistemas (40 vagas manhã e 40 tarde); Automação Aeronáutica (40 vagas noite); Banco de Dados (40 vagas noite); Estruturas Leves (40 vagas noite); Logística (40 vagas manhã e 40 noite); Manufatura Aeronáutica (40 vagas manhã); Manutenção de Aeronaves (40 vagas noite).

Cursos profissionalizantes estão com vagas abertas

A Prefeitura de São José dos Campos abriu vagas para novos cursos profissionalizantes gratuitos. As oportunidades são para quem quer aprender os ofícios de cozinheiro, artesão, auxiliar administrativo e eletricista instalador residencial, sendo esse último com previsão de duas turmas.

Para se inscrever é necessário que o candidato tenha idade mínima de 16 anos, já tenha cursado o Ensino Fundamental e apresente a carteira de identidade. As inscrições podem ser feitas na Escola Flávio Berling Macedo, que fica na Rua Paraná, 11, na Vila Maria.
Mais informações pelos telefones: 3909-1070 ou 3909-1072

Locais e datas de início dos cursos

Eletricista Instalador Residencial:
14 de maio: DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial – DCTA - Praça Marechal Eduardo Gomes, 50, Vila das Acácias)
4 de junho: Escola Flávio Berling de Macedo

Cozinheiro: 21 de maio (Obra Social Nossa Senhora dos Pobres – Rua Aparecida Dalprat de Souza, 247, Vista Verde)

Artesanato: 24 de maio (Escola Flávio Berling de Macedo)

Auxiliar Administrativo: 4 de junho (Escola Flávio Berling Macedo)

São José dos Campos recebe vice-cônsul dos Estados Unidos

Representantes da Prefeitura de São José dos Campos recebeu na passada segunda-feira (7) a visita do vice-cônsul dos Estados Unidos, Aysa Miller, que conheceu as instalações do Centro para Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista (Cecompi), além de algumas empresas que integram as incubadoras de negócios.

De acordo com Miller, a visita tem o objetivo de buscar informações para futuros investimentos e também conhecer o potencial da cidade para a geração de novas parcerias comerciais entre os Estados Unidos e São José dos Campos nos setores de ciência e tecnologia, aeroespacial e aeronáutica. “Viemos conhecer a cidade, pois temos interesse em estabelecer novos parceiros comerciais aqui”, afirmou.

São José dos Campos possui um dos quatro maiores clusters (conjunto de empresas) aeroespacial do mundo e é a segunda maior cidade em número de pessoas empregadas neste setor formado por empresas, em sua maioria, nascentes e maturadas na cidade e que atualmente se projetam de maneira competitiva no âmbito mundial.

O encontro teve a participação do Secretário de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia, do diretor-executivo do Cecompi, do diretor-presidente da Urbanizadora Municipal (Urbam), além de diretores do Cecompi e Prefeitura.

Para finalizar as notícias de São José dos Campos

A Banda de Santana foi a atração no passado sábado (5) na Rodoviária Velha.
A apresentação teve como objetivo divulgar o Centro de Comércio Popular, que começou a funcionar no dia 30 de abril, no Terminal Central Urbano.

Os músicos se apresentaram ainda na Praça do Sapo, onde está instalado outro centro popular. O Clube do Choro Pixinguinha também animou a manhã de sábado na região central de São José dos Campos.

Os shows foram promovidos pela Prefeitura, Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento (Ipplan) e a Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR).

Além dos espaços na Rodoviária Velha e na Praça do Sapo, está em construção o Centro de Comércio Olímpio Catão, que terá quatro boxes para a venda de frutas.
ENTRETANTO
Manifestação na Praça do Sapo demonstra insatisfação com os novos Centros de Comércio Popular

Cerca de 45 ambulantes realizaram um protesto ontem pela manhã na praça João Mendes (Praça do Sapo), no centro de São José, reivindicando o retorno do grupo ao local.

No final do mês passado, os 132 ambulantes do centro foram transferidos para dois camelódromos, instalados próximos à Rodoviária Velha e à praça do Sapo.
Com faixas, o grupo criticou os espaços destinados a eles, afirmando que são “escondidos”, o que prejudicaria as vendas.

Durante o protesto, os ambulantes chegaram a interromper o trânsito, mas, segundo a Prefeitura de São José, não houve prejuízos ao tráfego de veículos.

Baixo movimento. O movimento foi apadrinhado pelo vereador Tonhão Dutra (PT). O petista afirma que as vendas caíram drasticamente desde a transferência.

“Eles (ambulantes) não estão vendendo nada.Eu fui até o camelódromo da praça do Sapo. Lá, vi que só tinham os ambulantes, nenhum cliente entrava”, afirmou Tonhão.

O presidente da Adei (Associação de Emprego Informal), Antonio Batista Gonçalves, o Tonico Pipoqueiro, reconheceu que o movimento é menor no camelódromo da praça do Sapo, mas, segundo ele, tal problema tende a melhorar.
“Sou democrático, acho que qualquer manifestação é válida, e não me oponho. Mas existe uma precipitação.

A prefeitura tem cumprido com o combinado.
Na rodoviária, o movimento está bom.
Esperamos que possamos continuar aqui (camelódromo da praça do Sapo), pois o movimento vai melhorar”, disse.

Os camelódromos, ou Centros de Comércio Popular, como são chamados pela prefeitura, funcionam com 90 boxes na Rodoviária Velha e 42 na praça João Mendes.
Outros quatro camelôs que trabalham com frutas irão ficar na praça em frente à escola Olímpio Catão. Os informais que trabalham com alimentação (pipoca, sorvete e churrasquinho) vão permanecer na rua, segundo acordo fechado com o grupo.

A transferência dos camelôs faz parte da política de revitalização do centro da cidade, do governo do prefeito Eduardo Cury (PSDB).

Ontem, a prefeitura informou que tem dado publicidade à transferência “por meio de anúncios em rádios, jornais, TV, realização de eventos nos locais”. “Também já estão sendo providenciados cartazes nos ônibus”.

Para o governo, “o Centro de Comércio Popular da praça do Sapo está em área privilegiada, no centro. Os ambulantes e os clientes estão protegidos da chuva e do sol.”

Opinião: E quando a Prefeitura se vai preocupar com o Putódromo da Praça Afonso Pena?

Meio ambiente é preocupação para 94% dos brasileiros entrevistados pelo Ibope

Pesquisa, feita a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI), também mostra que desmatamento é o tema que mais causa apreensão

A preocupação dos brasileiros com o aquecimento global e problemas ambientais de uma forma geral aumentou nos últimos anos, segundo uma pesquisa nacional realizada pelo Ibope a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O porcentual de pessoas que se dizem preocupadas com o meio ambiente aumentou de 80%, em 2010, para 94%, em 2011. Além disso, 44% dos entrevistados afirmaram que a proteção ao meio ambiente tem prioridade sobre o crescimento econômico, comparado a 30% anteriormente. Só 8% disseram que o crescimento econômico é prioritário, e 40% acreditam que é possível conciliar ambos.

Com relação às mudanças climáticas, 79% acham que o aquecimento global é causado pelo ser humano, e o porcentual que considera esse aquecimento um problema "muito grave" aumentou de 47%, em 2009, para 65%, em 2011. Entre os entrevistados, 66% classificaram o aquecimento global como "um problema imediato, que deve ser combatido urgentemente".

É a terceira vez que a CNI encomenda uma pesquisa de opinião sobre meio ambiente ao Ibope, dentro da série Retratos da Sociedade Brasileira - que também já abordou temas como saúde e educação. Algumas perguntas são inéditas, enquanto outras são repetidas dos anos anteriores, permitindo comparações.

"A ideia é conhecer a opinião da sociedade sobre temas importantes. Com a chegada da Rio+20 (a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre em junho), resolvemos repetir a pesquisa sobre meio ambiente", diz o gerente executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca.

Foram entrevistadas 2.002 pessoas com mais de 16 anos em todas as regiões do País, entre 2 e 5 de dezembro de 2011. As perguntas foram agrupadas em três grandes temas: meio ambiente; mudanças climáticas; e coleta seletiva e reciclagem de lixo.

O desmatamento é o problema ambiental que mais preocupa os brasileiros, citado por 53% dos entrevistados. Em seguida aparece a poluição das águas, citada por 44% das pessoas, e o aquecimento global, com 30%.

Comportamento. Mais da metade dos entrevistados (52%) disse estar disposta a pagar mais por um produto ambientalmente correto, comparado a 24% que afirmaram não estar dispostos. Para 16%, a decisão "depende do quanto mais caro" custa o produto.

Apenas 18%, porém, disseram ter modificado efetivamente seus hábitos de consumo em prol da sustentabilidade - por exemplo, preferindo produtos ecologicamente corretos ou deixando de comprar aqueles nocivos ao meio ambiente.

"Não basta saber a opinião das pessoas; queremos saber como elas se comportam com relação a essa opinião", afirma Fonseca. A maioria das pessoas disse que evita o desperdício de água (71%) e energia (58%), mas é difícil saber quanto disso é resultado de uma preocupação ambiental versus uma preocupação econômica com as despesas da casa.

Entre os dados que mais chamaram a atenção da CNI está o porcentual de pessoas que apontam a indústria como principal responsável pelo aquecimento global. A taxa passou de 25%, em 2010, para 38%, em 2011 - apesar de a principal fonte de emissão de gases do efeito estufa no País ser o desmatamento, não a indústria.

As empresas agropecuárias - setor mais associado ao desmatamento - foram citadas por apenas 3% dos entrevistados.
Além disso, 42% avaliaram que as iniciativas das empresas em prol da preservação ambiental mantiveram-se "inalteradas" nos últimos anos, assim como as dos governos (44%). Só 33% acharam que houve aumento de iniciativas ambientais nesses setores.

"Precisamos trabalhar muito sobre esses dados", disse o gerente executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Shelley de Souza Carneiro. "A indústria foi o setor que mais atuou pelo desenvolvimento sustentável nos últimos 20 anos."

Num esforço para mudar essa percepção, a CNI pretende lançar na Rio+20 uma série de 16 documentos temáticos mostrando o que cada setor da indústria - por exemplo, automotivo, de alimentação, mineração, energia - tem feito pelo desenvolvimento sustentável.

Sobre a Reciclagem. Mais da metade dos brasileiros (59%), segundo a pesquisa, separa algum tipo de lixo para reciclagem, e 67% consideram a reciclagem "muito importante" para o meio ambiente.

Porém, 48% dizem não ter acesso direto à coleta seletiva de lixo - índice que chega a 68% nas Regiões Norte e Centro-Oeste.

Dados que mostram um descompasso entre a preocupação da população com o tema e a capacidade ou a vontade do Governo de fazer alguma coisa para resolvê-lo.

Os dramas de agora, as ameaças de 2050

Enquanto a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, anuncia que não comparecerá à reunião Rio+20, juntando-se ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, e, possivelmente ao presidente norte-americano, Barack Obama, a cada dia são mais inquietantes as notícias sobre os gravíssimos problemas na área das mudanças climáticas.
Na perda de recursos naturais, além da capacidade planetária de repô-los, no agravamento das questões relacionadas com a água, em suprir de alimentos mais 2 bilhões de pessoas até 2050 que exigirá um uso na agricultura superior à disponibilidade de recursos e, com a pobreza no mundo.

Já nem se pode dizer que nada acontece que nada avança, porque a chamada "sociedade civil" não pressiona os governos para que se façam as mudanças necessárias nas matrizes energéticas poluidoras e nos modelos de consumo.

Pesquisa universitária recente nos Estados Unidos, por exemplo, mostrou (Reuters, 26/4) que três em quatro eleitores nesse país são favoráveis a que a legislação considere as emissões de dióxido de carbono (CO2) como poluentes, que se criem impostos sobre as emissões e que o governo e o Congresso considerem prioritária a ação nesse campo - 84% dos eleitores democratas são favoráveis, assim como 68% dos independentes e 52% dos republicanos.

E nem custaria tanto.

Outro estudo (Business Green, 27/4) afirma que a União Europeia poderia atingir suas metas de redução de emissões até 2020 ao custo de 7 a 9 (R$ 17,50 a R$ 22,50) anuais por pessoa.

Se quiser aumentar a meta de reduções de 20% para 30%, o custo entre 2011 e 2020 seria de mais 3,5 bilhões - que o noticiário equipara ao preço de algumas xícaras de café por ano por pessoa.
Onde estaria, então, a resistência? Nas grandes corporações do setor de energia, principalmente.

Enquanto isso, novo relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, órgão científico da Convenção do Clima - no qual 220 cientistas de 62 países sintetizaram em 542 páginas as informações de 18.784 cientistas do mundo todo -, agrava seus diagnósticos e balanços.
As perspectivas são mais graves para o Sul da Europa, Sul da África e Sudeste da Ásia, após um ano (2011) em que 302 chamados "desastres naturais" (incluindo terremotos e tsunamis) mataram quase 30 mil pessoas e geraram prejuízos de US$ 366 bilhões.

Mesmo assim, a melhor perspectiva, no âmbito da Convenção do Clima, é de que os países signatários só cheguem em 2015 a um acordo para reduzir emissões, mas que entre em vigor apenas em 2020.

Mesmo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) alertando (Reuters, 16/3) que, no passo atual, as emissões poderão aumentar 50% até meados do século. As fontes fósseis continuam respondendo por 85% da energia e esta gera 70% das emissões.

Nesse passo, diz a OCDE, a temperatura do planeta poderá aumentar entre 3 e 6 graus Celsius até a virada do século. Previsão semelhante à do Blue Planet, que reúne cientistas detentores do Prêmio Nobel Alternativo de Meio Ambiente e acha possível um aumento de até 5 graus.

Nesse cenário, o Deutsche Bank prevê que as emissões continuarão a subir até 2016, quando então se iniciará um declínio. Mas, ainda assim, um limite de apenas 2 graus, no aumento da temperatura planetária, como recomendam os cientistas é improvável, mesmo com os países cumprindo suas metas de redução.

As emissões superarão em pelo menos 5,8 bilhões de toneladas anuais de CO2 os limites máximos recomendados, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) - e isso equivale às emissões anuais dos Estados Unidos.

Que se fará, então, para tirar da pobreza 1,3 bilhão de pessoas? Que se fará para diminuir o fosso entre crianças ricas e pobres, com as primeiras usando 50 vezes mais água que as últimas?
O consumo dos ricos precisa diminuir, afirma a Royal Society no The Guardian, de 26/4). A taxa de nascimento entre os pobres terá de baixar: no ritmo atual, o aumento da população entre os pobres exigirá uma cidade de 1 milhão de habitantes a cada cinco dias, até 2050.

Mas os Estados Unidos seguem aumentando suas emissões (mais 3,2% entre 2009 e 2010). A Rússia, também (mais 4,3%); o Japão, idem, após o problema nuclear (mais 4,2%).

Em 20 anos, nos Estados Unidos, as emissões subiram 10,5%.
A temperatura média em 2011, diz a Organização Mundial de Meteorologia (Estado, 25/3), esteve 0,4 grau acima da média de 2001 a 2010.
E 2010 teve a temperatura mais alta desde 1880, quando começaram os registros nessa área.

A área de gelos no Ártico foi a segunda menor em todos os tempos. O nível dos oceanos subiu 12 milímetros em oito anos, segundo a Universidade do Colorado. O aquecimento do solo está reduzindo a capacidade de armazenar carbono, essencial para a formação de matéria orgânica (Planet Ark, 14/2).

Muitas informações poderiam ser acrescentadas. Mas nem é preciso para aumentar a inquietação. Apesar dos dados alarmantes, já se decidiu que a Rio+20 não tratará nem de clima, nem de perda da biodiversidade, nem da Agenda 21 - os grandes temas da Eco-92, no Rio de Janeiro.

E seguem, no âmbito da ONU, nos Estados Unidos, as discussões em torno de "economia verde" e "governança sustentável", cujo esboço escrito inicial passou de poucas dezenas de páginas para milhares, depois que cada país acrescentou suas visões.
Agora, estão depuradas para umas poucas centenas.

São discussões importantes.
Mas parecem menos importantes que os grandes temas de 1992.
O que se pergunta hoje é o que se fará agora, com a Europa de novo diante de uma crise econômico-financeira, com o mundo temendo uma nova débâcle.

De que adiantaria temer os dramas previstos para 2050 se não somos capazes de dar soluções aos problemas que já batem à porta?

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