10 janeiro 2017

Carta aberta dos petroleiros à população: Os indicadores de saúde pública e a indústria do petróleo
As condições de saúde dos moradores da zona leste de São José dos Campos são afetadas pelas atividades da Revap (Refinaria Henrique Lage). A incidência de câncer é maior nas áreas de produção de derivados de petróleo e onde tem maior concentração de transito. A informação é do especialista em saúde pública, Dr. Paulo Saldiva, do Hospital das Clínicas de São Paulo, que realizou palestra no Sindicato dos Petroleiros de São José dos Campos em agosto.
A empresa deve tratar bem seus empregados e os moradores do em torno.
Segundo Dr. Paulo, “os indicadores de saúde atuais no Brasil melhoraram, mas o desenvolvimento tecnológico não trouxe melhorias no controle da poluição. Hoje, quatro mil pessoas morrem por causa da poluição em São Paulo por ano. Isso é mais do que mata a AIDS”.
Ele afirmou que os riscos de se viver em cidades, principalmente as grandes cidades, está ligado à poluição do ar, áreas de calor, risco de deslizamento, tráfego altamente poluente. Parte dos problemas ambientais das grandes cidades passa pela indústria do petróleo.
Nós denunciamos em várias ocasiões e continuamos denunciando a política da Petrobras que privilegia o lucro em função dos riscos. Essa política reduz o número de empregados nas refinarias e impõe uma série de fatores, como: maior risco operacional, falta de controle da emissão de poluentes, manutenção reduzida e terceirizada, pressão e falta de melhores condições de trabalho provocando stress . Cada risco deste pode aumentar os danos para os trabalhadores da refinaria e para a população do entorno.
Danos existem e não há como negar. “A energia engarrafada (oriunda do petróleo) provoca danos até que ponto no entorno? As crianças vão ter prejuízo no desenvolvimento pulmonar, pode haver incidência de câncer pouco maior, grávidas podem perder o bebê”, diz o Dr. Saldiva.
Por isso, toda a discussão que fazemos sobre as atividades da Petrobras ainda é pouco para garantir a saúde de quem gera a riqueza da empresa e de quem vive, principalmente, na zona leste.
Nós temos que juntar forças, trabalhadores e moradores, para exigir da empresa maior controle na produção e contratação de mais funcionários para operar com segurança a refinaria e diminuir a margem de risco das atividades da empresa. A saúde de todos nós está em jogo e, por isso, está é uma luta conjunta!
Fonte: Sindipetro


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